segunda-feira, 29 de outubro de 2012

12 meses de cinza


Não sou apegado a esse tipo de coisa, não tenho lá muita crença quanto à essas superstições, mas, se realmente faz diferença, essa diferença faltou esse ano. Sempre passei a virada dos anos de branco. Tudo bem, pode rir, falar que é besteira. Mas esse ano eu passei de cinza. Uma das minhas cores favoritas, até. Mas não sei se por isso, 2012 foi cinza. Ok, estamos praticamente em novembro, faltando pouco mais de 2 meses pro ano acabar e cá estou, fazendo minha avaliação do ano. É cedo? Nem tanto, a maior parte do ano já foi mesmo, e digamos que ele tenha sido bem cinzento e nesses 2 meses acho que ele não vai mudar.

Em alguns momentos foi um tom cinza bem claro, batendo na porta do branco. Indicando um pouco de paz, um pouco de tranquilidade. Mas só um pouco, aquela falsa sensação de paz. Algumas vezes, um cinza escuro. O que não chega também a ser um preto, mas que também não é lá muito bom. Problemas que você não viu em outros anos, situações que você não passou em outros anos. E nesses outros anos você passou de branco, né? É aquilo que dizem, em time que está ganhando, não se mexe. E na maior parte do ano, foi cinza. Somente cinza. Sem nada de muito interessante, mas também sem nada de muito ruim por um longo período. Bem indiferente, diria.

Mas o ano já começou meio turbulento. Imagina no primeiro dia do ano você já ter que andar uma cacetada de quilômetros, pegar chuva... Ah, sem contar que o champanhe estourou antes da hora! E ele estava nas mãos de quem?!
É, prometia ser um ano melhor do que foi. E nesse caso, promessa não é dívida. Mas a gente leva, tenta ir buscando coisas boas.
Definitivamente, quando diziam que a felicidade bate a sua porta, é verdade. A melhor ideia não é correr atrás, é deixar chegar...

Enfim, já garanti minha blusa branca pra essa virada de ano. Pode ser que eu fique em casa, pode ser que eu viaje, pode ser que eu vá a praia novamente, mas, independente disso, vou estar de branco. Não custa nada tentar voltar à ter aquela velha paz, né?
Esse texto não é pra ser depressivo ou reclamando da forma que as coisas aconteceram, só tenho a agradecer. Saúde, uma boa família e bons amigos.

Mas tem aquele lance da paz de espírito, sabe? E quando você não tem isso...

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Quantas chances eu perdi?

Tenho a pessoa próxima de mim, me tratando com carinho, da forma que muita gente queria. Retribuo o carinho de forma espontânea e sincera, e então vivemos num céu azul. Temos nosso tempo de paz, de sorrisos que só nós damos, de conversas que só nos tivemos e de bobeiras que só nós fazíamos.

Aí vem os problemas, as dores de cabeça. As brigas, as indiretas e as caras feias. Os sorrisos somem, as boas lembranças ficam e o tempo passa. E ela conhece alguém e vive em outro céu azul. E dá certo, e fica feliz. E você também conhece alguém, tem novamente seus momentos felizes. E com o tempo, a história se repete. Cada um pra um lado e menos uma chance de ser feliz. A história é sempre a mesma, só mudam os personagens e detalhes irrelevantes. Nem mesmo a experiência de relacionamentos anteriores fazem as coisas mudarem. Qual é o seu problema, cara?

E isso acontece uma, duas, três vezes. Na quarta, você torce pra dar certo. Se entrega, cai de cabeça. E quem se magoa, é você. Mas, bola pra frente! A vida tem que se renovar. Ela até se renova, mas as histórias nunca mudam... O problema sou eu?

Dezenas de centenas de pensamentos te atrapalham, te envolvem e te dominam.
Cara, qual o seu problema?

Tudo em paz!



Hoje eu acendi um incenso
E pulei no mar
Na vida tudo tem um tempo pra passar
Pelo menos eu tentei
Pelo menos me esforcei pra ficar tranquilo
Hoje eu corri no asfalto
Me deu trabalho 
Retirar as coisas velhas do armário
Pelos menos eu tentei
E até que tentei demais, mas

Pelo menos eu tentei chorar
Mas acontece que a vida não me deixa desabar
Não vou beijar concreto
Tá tudo certo
Tá tudo em paz

Hoje eu não dormi 
Com insônia
Fui ver o mar
Na vida tudo tem um tempo pra passar
Pelo menos eu tentei
Pelo menos me esforcei pra ficar contigo
Hoje penso em te escrever
Penso em te encontrar
Penso em ter você
Penso em me afastar
Pelos menos eu tentei
E até que tentei demais, mas

Pelo menos eu tentei chorar
Mas acontece que a vida não me deixa desabar
Não vou beijar concreto
Tá tudo certo
Tá tudo em paz

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Decisions, decisions, decisions...

Qual a maior decisão que você já tomou em sua vida?

Tem essa pergunta na ponta da língua? Pensa nisso com frequência? Qual a relevância disso na sua vida? Você seria uma pessoa melhor? Pior? Estaria muito diferente? Terminaria do mesmo jeito?
Caso a decisão tomada tivesse sido a oposta, consegue imaginar onde estaria? Como seria sua vida? Acha certo pensar sobre isso ou "o que passou, passou"?

O pior não é pensar sobre esses questionamentos citados.
O pior é... Foi a decisão certa?

"Faz tanto frio, faz tanto tempo, que no meu mundo algo se perdeu..."

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

E agora, o que te resta?

A página fica aberta. Já está assim há dez minutos. Os pensamentos aleatórios, só pra variar, continuam na cabeça. O Facebook aberto, os dois telefones próximos, o Twitter sendo acompanhado, mas a cabeça nessa caixa de texto. Ansiosa pra ser preenchida com palavras, declarações, revoltas, sugestões, sentimentalismos e coisas desconexas.

A cabeça bateu ontem no travesseiro e ficou. Rolou pra um lado, rolou pra outro e ficou assim. Por uma, duas, no mínimo três horas. Aí você levanta, vai ao banheiro, bebe uma água e pensa "Porra!", e se deita novamente. E dorme. E acorda com a mesma coisa que tinha na cabeça quando deitou doze horas atrás pra dormir.

E tem vontade de escrever, desabafar, agir, ligar, abraçar, sorrir. E não consegue fazer nada. Nem o mais fácil de todos. Aí acaba saindo mais um texto sem nexo, sem pé e nem cabeça e utilidade. Mas você se sente mais tranquilo, continua com a playlist aberta, rolando a música que curte e... bola pra frente.

"Sempre em frente, pé no chão, com sobriedade! E com a felicidade de quem sabe o que quer..."

domingo, 14 de outubro de 2012

E o pensamento lá...

Você faz coisas que muitas pessoas queriam estar fazendo no seu lugar. Vive situações incríveis, engraçadas, tristes, marcantes ou sorridentes. Tem X problemas e Y motivos pra ser feliz.
Possui um bom emprego, bons amigos, roupas legais, tem boas festas pra ir, tem um carro à disposição, tem pessoas que querem seu bem ou que querem você, literalmente. Mas isso não te satisfaz.

Não te satisfaz porque em tudo que você faz, todo lugar que você vai ou qualquer situação que você passe, o pensamento está longe, longe...

E você age estranho, não pensa da forma certa, fica confuso (mais do que já é?), perdido e só tem uma vontade e fica com uma coisa na cabeça. Seu sorriso...

"And when you smile, the whole world stops and stares for a while..."

terça-feira, 9 de outubro de 2012

E agora, o que é que eu faço?

Interrogações pairam na minha cabeça. Flutuam, navegam, ficam, vão, retornam, se instalam, criam raízes, se multiplicam, mas raramente viram exclamações. E as poucas que viram, não são satisfatórias.
O que seria satisfatório?

Fiquei mal acostumado. Fantasio coisas que não sei se vão existir, espero alguma atitude que ninguém faça, torço por um sorriso que dificilmente receberia, aguardo um abraço que encaixe. E lá se vai um ano, dois anos, três anos... Algumas pessoas chegaram perto, é verdade. Bem perto. Mais perto do que eu achava que seria um dia, mas todos com um final que eu sempre esperava.
Tristes e distantes.

Eu sou o culpado, sei disso. Procuro por um sorriso parecido com um que já guardei, quero um abraço que me acalme como alguns que já tive e torço por uma atitude que não se encontra mais por aí... E essa busca pelo que você não sabe se existe, te faz ver que não há um sorriso igual, um abraço igual e uma atitude igual. Cada uma sempre tem as suas características, os seus defeitos e suas qualidades.

Quais dessas combinam com as minhas?