terça-feira, 4 de setembro de 2012

Ela só quer achar alguém que a trate bem


Sinceramente, o que ela quer?

Ela te conheceu assim. Sorridente, dançando, animado, com um copo de vodka na mão, telefone na outra. Alegre, meio tonto, meio perdido, meio querendo ser achado. E foi assim que ela gostou dele. Assim que aprendeu a começar a gostar. Tudo dizia pra não ser assim, todos diziam que não era certo, mas quem um dia irá dizer que não existe razão pelas coisas feitas pelo coração?

É. Ela continuou convivendo com ele, sabendo das suas manias estranhas, das suas dúvidas intermináveis, dos seus relacionamentos complicados e mesmo assim, mesmo com todos os avisos de "Cuidado!" ela insiste, acredita, deseja. Faz por onde, mais do que ele merece e mais do que ela precisaria se fosse com outro cara. Mas aí seria só outro cara. Mas ela também tem as manias estranhas, os gostos diferenciados e o ponto de vista diferente dele. E mesmo com tantas diferenças, eles mantém igualdades, carinhos, sorrisos pelos mesmos motivos e talvez até sentimentos.

Ele não consegue encarar ela nos olhos. Não é insegurança, não é medo, não é dúvida ou certeza, ele só não consegue. E somente com ela. Ele não entende, talvez ela nem saiba ou tenha reparado. Mas ele é detalhista e não deixaria isso escapar. Ou pelo menos acha que é. Ele nunca acreditou mesmo na possibilidade de uma história entre eles, enquanto ela fantasiava isso todas as noites antes de dormir. E também durante a manhã de faculdade e as tardes no curso. É, a fantasia fazia parte da rotina dela. Pobre menina...

A vida sempre traça os destinos, nem sempre da forma que escolhemos e nem sempre da forma que esperávamos. Ele se distancia, ela sofre. Ela finge superar, ele sente saudade. Ele procura, ela responde. Ela procura, ele esnoba. Ele sente saudade do carinho e das palavras, ela dos abraços e dos momentos únicos. Mas cada um na sua solidão, cada um com seu disfarce e ambos com pensamentos soltos. E com somente um desejo.

Quero que ela seja feliz. Quero que ele seja feliz.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

De uma vez


Eu tento, juro que tento. Mas a vida não me deixa. As situações não me deixam. Os fatos não me deixam, a saudade não me deixa. Muitas coisas da minha rotina, que eu vejo, que eu presencio, me fazem lembrar você. E sinto saudade disso. Escrevo isso ouvindo a nossa banda, das nossas músicas, da nossa vida.
Não, a minha banda, da minha vida, da minha música. Não quero te envolver nos meus pensamentos.
Não queria.

Não sei porque lembro de você. Se é pelo seu sorriso que sempre achei lindo, pelos cabelos que eu adorava fazer cafuné, pela sua gargalhada que tranquilizava o meu coração ou pela forma que eu ganhava um beijo. Coisas tão bobas, tão irrelevantes e que você acha com tanta facilidade por aí, né? Quem dera.
Talvez exista alguém com um carinho melhor que o meu, um sorriso que combine mais com o seu do que o meu e alguém que te faça cosquinha melhor do que eu. Só pra constar, você ainda sente cócegas?

Eu juro que sei que o erro é meu, mas você também não ajuda. Some, desaparece. Mas reaperece. Mais forte, mais incisiva e colocando mais interrogações em minha cabeça. Como se não bastassem as muitas que já possuo...
Você não está do meu lado, mas não faz questão de sair de perto. Não fisicamente, mas emocionalmente. E no que isso ajuda?

Não deixo de viver, de conhecer outras pessoas, outros carinhos, outros sorrisos e outras hipóteses de felicidade. Mas algo ainda me freia. Algo, lá dentro, que talvez só eu e você saibamos, me trava. Me faz não sair do lugar. Mas isso precisa mudar...
Ok, eu sei que só depende de mim, sou responsável por mim e pelos meus desejos e anseios, mas... O problema é que sempre tem o 'mas'.

"Talvez uma garota estranha faça você morrer por uma noite, ou de uma vez..."